Conhecido por muitos pelo seu trabalho a frente do Batman durante Os Novos 52, e famoso pela emblemática cena do Coringa em que o personagem arranca o próprio rosto e mais tarde o costura do avesso, Scott Snyder se tornou uma das principais cabeças da DC há alguns anos.

Comparando seu trabalho com o cinema, suas histórias são como imaginar um filme dos Transformers de Michael Bay. Um emaranhado de epicidade, personagens com uma força de vontade inabalável que vão até o limite para lidar com seu antagonista, e geralmente uma execução bem abaixo do esperado por parte de um público mais crítico.

Batman #17 (2013) / Greg Capullo- DC Comics

Mesmo que seja bastante criticado por esperarem mais de suas histórias e suas famosas repetições de tramas megalomaníacas que sempre levam a um problema gigantesco, algo que ele mesmo disse que faria quando fica a frente da Liga da Justiça, Scott escreve para um público certo e que vai adorar o que ele faz: O leitor casual que não quer se preocupar com tramas complexas e só quer ver alguns personagens saírem no soco em batalhas extremamente dramáticas.

Para qualquer história do escritor, esperar mais do que seu tradicional método é um erro. Suas histórias funcionam porque Snyder sabe exatamente do que o grande público gosta, e explora muito bem isso. O Coringa tem sido seu principal “coringa” desde que começou a escrever Batman, pois ele sabe que este é de longe o maior inimigo do Homem-Morcego e o vilão mais amado pelo público. E o que poderia ser mais popular que o Batman ou o Coringa? Talvez uma fusão dos dois personagens.

Noites de Trevas: Metal / Greg capullo – DC Comics

Afinal de contas, se a DC é conhecido nos últimos anos apenas por vender Batman, o que tem de errado em criar uma história em que os principais vilões são uma Liga da Justiça maligna em que todos são uma versão do Batman liderados por um Batman Coringa.