Vamos começar do início.
Leio gibis desde que me entendo por gente, mas… Nunca foi algo que levava além dos meus 7/8 anos. E nessa época eram gibis Disney e um único formatinho dos X-Men (X-Men #58, desenhado por Jim Lee). O qual por algum motivo estava junto com esses gibis.
Já com uns meus 10/11 anos, eu gostava de frequentar sebos, já conhecia todos os heróis, obviamente os da DC. Comprava uns dois gibis, nas esporádicas visitas aos sebos, que normalmente era universo DC (por ter histórias da Mulher maravilha) e algum outro formatinho aleatório que encontrasse da DC.
Bem… Até aí ok, até que um dia, encontrei o gibi “Novos Vingadores n° 31” o início do arco do sentinela.
E caramba, que história divertida. Ali a história me pegou desde o início, a arte do Steve Mcniven me chamou muito a atenção, de início foi estranha, mas depois gostei demais, com toda certeza, essa foi uma das edições que mais reli. Mas nem tudo são flores, passou o tempo, essa edição sumiu, provavelmente se perdeu na escola. Enfim… Nunca soube como continuava nada ali, nada mesmo. Até que em 2013/14 já começava a mexer na internet, consegui achar as 15 primeiras edições no 4shared. E foi ali que eu li os primeiros 15 números dessa fase sensacional.
Bendis foi extremamente importante na minha formação como leitor. Quando voltei ao mundo dos quadrinhos em 2017, ele foi fundamental, foi onde li o run completo do “New Avengers V1” e o comecinho do “V2” e todas suas sagas infindáveis, e tie-ins. Me julgue, mas adoro tie-ins.
A Mulher-Aranha se tornou uma das minhas personagens favoritas por conta desse cara. Tudo ali era incrível pra mim. Além de Novos Vingadores e sagas, quis ter contato com as suas outras obras como Alias e o Demolidor, nem preciso dizer que também são fenomenais. Só esse ano que fui ter contato com Homem-Aranha Ultimate. Foi amor a primeira vista. Em 3 meses li as 100 e tantas edições.
Me encantei com a interação inimaginável da Kitty e o Aranha, e como foi bom ler isso. Ultimate Homem-Aranha foi um companheiro diário, e escrevendo isso eu já morro de vontade de reler esses momentos. Kitty sempre foi a minha favorita dos X-Men, então foi inevitável amar essa interação, torci para que ficassem juntos. É… Não rolou.
Run esse, que também foi essencial pra mim. Me ajudando em muitos momentos difíceis, quando pensava que não tem saída, aquele gibi do Aranha Ultimate me mostrava que independente da adversidade, existe algo possível, e siga em frente, não olhando pra trás.
Uma homenagem singela, e muito pequena, perto da grandeza desse cara. Seus detratores, que por muitas atualmente é por birra, vide qualquer coisa que ele lança, a crítica coloca como pior avaliação possível. Não conseguirão apagar o que ele fez. O homem que reinventou a Marvel nos anos 2000.
Atualmente muito “hateado”, mesmo tendo escrito histórias ok, com seus clássicos diálogos, o que ele sempre fez com maestria, e sempre encantou. Bendis segue na DC, e fazendo outros trabalhos mais autorais.
E para os que vão dizer, “Ah mas e Guerra Civil 2, e isso… etc” eu só digo uma coisa:
A Marvel que tu curte hoje, não era nada sem o Bendis.
Escreveu histórias abaixo da média em seus últimos anos na Marvel? Sim. Porém, X-Men e Homem de Ferro foram boas coisas. E o principal, não se esqueça que o editorial porco da editora prejudicou muita coisa também. Seus X-men com Stuart Immonen, são divertidos demais, e eu gosto muito.
Interruptor Mágico 