Há anos não é produzido um filme animado do Lanterna Verde, 2011 para ser mais exato, com Cavaleiros Esmeralda. Coincidentemente o mesmo ano do fiasco que foi o Live Action estrelado pro Ryan Reynolds. As únicas sensações possíveis que se pode tirar do filme são  de afobação e exagero.

O Tomorrowverse, atual universo de filmes animados da DC, não começou muito bem, mas ao menos parecia promissor e paciente com a forma que contaria suas histórias, porém, esse filme mostra que algo provavelmente pode ter mudado.

Nas produções anteriores o que acompanhamos foram histórias de origem e primeiras aventuras, o que não é muito diferente aqui, ou pelo menos é o que parece nos minutos iniciais.

O ex-militar John Stewart sofre de estresse pós-traumático após voltar da guerra e, sem saber como lidar com isso, acaba em alguns momentos tendo crises, estresse e raiva aliviados em forma de violência. 

John não age como um briguento atrás de confusão, mas momentos e situações pontuais que liberam gatilhos de flashbacks que o tornam agressivo. 

Durante os primeiros minutos vemos todo o processo de conhecer a base do personagem, sua personalidade e até o momento que uma nave alienígena cai próximo a sua casa e ele decide resgatar o tripulante, um guardião, que lhe concede um anel da tropa dos lanternas verdes.

Até esse momento o filme parece ótimo e promissor, mas infelizmente é só até esse ponto. Após John receber seu anel começa uma sequência de apresentação de personagens jogados na tela a todo momento. 

Arqueiro Verde, Vixen, Caçador de Marte, Mulher-Gavião e Adam Strange são apenas alguns deles. Os dois últimos estão na história porque parte da trama decide adaptar a Guerra Rann-Thanagar que, ao mesmo tempo, se mescla com uma história sobre a extinção da tropa e como Jhon é o último dos lanternas.

Grande número de personagens deixa o filme excessivo e com inúmeras subtramas.

O roteiro se complica ainda mais quando uma nova gama de vilões é apresentada como meio de engrandecer o conflito inicial. O problema é que além deles, ainda há muito mais por vir.

O filme de pouca mais de 1 hora de duração tenta responder e solucionar os motivos da Guerra entre Rann-Thanagar e do grupo de vilões, tudo apressadamente e pouco paciente, mas por um motivo ainda maior.

Com poucos minutos sobrando, um novo elemento é inserido, e a trama anterior que poderia ter sido estendida e melhor resolvida é finalizada rapidamente para dar espaço ao novo problema.

O novo atrito que surge sobrepõe todos os problemas que poderiam ter sido por si só os maiores empecilhos dos heróis. Por fim, o exagero de problemas criado é resolvido de maneira afobada e apressadamente, pois já não restava muito tempo.

Muitos personagens, pouca profundidade e um enredo que se complica sozinho quando soluções simples poderiam ter sido tomadas. Lanterna Verde – Cuidado com Meu Poder falha em ser divertido e, complica o Tomorrowverse que após um começo fraco parecia estar se redimindo.

O que é o Tomorrowverse?

Criado em 2021, a ideia é um recomeço para o universo cronológico de animações da DC, que serve de substituto ao anterior baseado nos Novos 52.

Começando com um filme do Superman monótono e pouco interessante, deu um salto de qualidade em Sociedade da Justiça e Batman: O Longo dia das Bruxas.

O universo é bem criticado pelos traços usados, que lembra vagamente ao utilizado em Archer, mas é notório o avanço e melhora na qualidade das animações que são mais fluidas e menos estáticas.

Qual o futuro do Tomorrowverse?

Mais duas animações já estão programadas no Calendário da DC. O Sexto filme contará com a Legião dos Super-Heróis, e o sétimo será por conta da Liga da Justiça.